sábado, 5 de abril de 2014

Você vai ficar longe para sempre? te amo

O que eu faço quando as lágrimas não param de cair? o que faço a respeito dos meus braços esticados querendo te tocar enquanto meus olhos fechados te imaginam sentado a minha frente com teus olhos de gato me observando a cada mero movimento meu feito, e teus dentes mordiscando tua boca, sendo consequencia de seus mais intensos pensamentos, ah..eu sei, eu sinto também, mas o que eu faço?
E como, de qual maneira, como seria possivel, expulsar aqueles monstros que nos habitam? monstros que nos fazem derramar dor e não lagrimas, aqueles monstros de dentro de nós que por milésimos de segundos tomam conta de nossos pensamentos, de meus pensamentos, me fazendo esticar os braços até meu shorts e aperta-lo forte, como uma criança faz com a mão da mãe quando vai tomar vacina, mas me aperto querendo que seja você, e em seguida a este ato de martírio, me roubar o fôlego, enchendo meus olhos de lágrimas que naquele momento apenas se acumulam a ponto de eu não conseguir enxergar mesmo estando de olhos abertos, e então numa tentativa falha de permanecer ali com sorriso ensaiado mesmo com lágrimas nos olhos, me levanto mas estou sem forças e então quase me arrasto até a cama, e meu travesseiro seca as lágrimas que por fim escorrem rosto abaixo, contornando meu nariz e boca, descendo ao pescoço, e na para ser honesta, é quase como se tua mão estivesse aninhando meu rosto, tuas mãos em minhas bochechas e teus dedos limpando minhas lagrimas contornando meus olhos, e enquanto vivo aquele momento que não é nada raro, eu puxo o cobertor como um nene pegando seu paninho, e envolvo minhas pernas nele como se estivesse fazendo isso na tua cintura, mas minha barriga doi tanto, ela doi tanto! que meu corpo se encolhe em uma posição fetal, como um lindo bebe dentro da barriga de sua mãe, e ali passo horas chorando, eu passo horas com aquele famoso nó na garganta, mas eu nem penso que ele seja um nó, eu quando sinto penso que seja meu coração saindo boca afora, gritando dentro de mim: "me deixe sair! me deixe sair! eu tenho um outro coração me esperando para ser amado, eu quero amar! me deixe sair!" e eu apenas o engolindo e junto com ele minhas palavras, minha dor, minhas lagrimas, e em uma tentativa tola de quebrar essa bomba de emoções deste respectivo momento, eu os engulo e como um ciclo vicioso eles retornam, tres vezes mais fortes, e então eu respiro fundo mesmo me faltando o ar, eu respiro, meio errado.. e fecho os olhos enquanto sinto o arrepio me subindo dos pés a cabeça e com muito esforço eu consigo dizer a mim mesma: "eu te amo" e então o que vem em seguida a este ato é completamente mais forte do que todos os sentimentos descritos acima; em seguida eu sinto dor física, a dor nem sempre é ruim ta? eu sinto dor de amor, estou doente de amor, e o remédio da Bianca se chama William e infelizmente ele não pode ser encontrado em qualquer farmácia, virando a esquina, este remédio é importado e preciso espera-lo chegar para poder me curar, mas acontece que eu não estou doente, eu sou doente, só ele me manterá viva, e de William terei de viver o resto da vida.

Nenhum comentário:

Postar um comentário