domingo, 27 de abril de 2014

Não paro de pensar em você

Não paro de pensar em você e quero te ver, sei que neste horário você deve estar toda aflita, mordendo os lábios, com pouca concentração nas suas atividades. Admito, preciso de ti, só de você, de qualquer jeito. Chateada, silenciosa ou briguenta. A gente pode compartilhar o silêncio, uma cerveja, ou um chocolate branco, ou uma música que lembre nós dois. Mas é, eu preciso de você. Qualquer você.

Você querida, implicante, ou perdida. Você alegre, me jogando no sofá do meu irmão ou do seu irmão como se eu fosse o seu gatinho. Sei lá, venha para Nova York, invada meu apartamento, a minha camisa de botão. Invade meu coração. Mas, se você vier, demore por aqui. Me traga uns selinhos na testa, mordidas na bochecha e umas lambidas na cara só para me irritar -ou adorar-. Se você voltar, traga o livro do John Green que você guardou para mim com suas anotações. Sinto falta das poesias, sinto falta de você nas histórias. Sinto falta do nosso amor. Da nossa loucura. Sinto falta de você, de mim e de nós.

Ja pensei em te esquecer, mas após alguns segundos eu lembro do seu sorriso e dos seus risos exagerados e daquelas olhadas intensas que você dava para mim quando estávamos juntos, que balançavam meu mundo inteiro e acabo me esquecendo de te esquecer. Em alguns momentos eu até sinto vontade de te sacudir só para tentar descobrir seus segredos, descobrir como conseguiu me esquecer tão fácil assim. Foi a psicóloga? Lembro daqueles médicos que você precisava ir. Qual remédio tomou? É gotas ou em comprimido? Quantas vezes ao dia? Meditação? Sei lá. Vejo você sorrindo por aí, e eu que já vomitei como um alcoólatra em dia de ressaca, cada vez sinto mais você aumentando aqui dentro.

Quando você sentir o vento fresco de Ribeirão Preto batendo na sua nuca, quando você perceber que a lua não faz sentido sem mim, quando você perceber que só meu coração pode dar o que o seu precisa, você descobrirá que precisa mais de mim do que imagina. Vai até falar que não, mas no fundo, bem no fundo, você vai assumir que eu te fiz falta nos seus dias. Vai falar de todas as bandas que ouviu e pensou em ouvir junto comigo. Vai contar sobre os textos que me escreveu, mas não me enviou. Vai relembrar das risadas exageradas que deu e que ficou triste após no notar que eu não estava sorrindo com você.

Eu tenho bastante para te contar, muitas histórias e novidades. Novos livros. Novas receitas. Filmes que me fazem chorar que nem um bobo. Talvez, eu aqui perdido entre as dores do amor e as novas músicas de Angus and Julia Stone que baixei, você queira voltar. Volta. E a gente vai provar ao mundo inteiro que alguns segundos de reencontro o nosso amor cura todas as eternas horas afastados.

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