terça-feira, 22 de abril de 2014

i'm kinda broken

Gostaria que tu soubesse que eu também sofro muito com tudo isso e que eu iria para onde tu está, seja qual fosse o lugar, eu iria. Quero te dizer que caso haja solução pra nós dois, um lado da minha cama é apenas teu e que há a ausência do teu corpo em todos os meus dias da semana nele. Eu queria poder dizer que os recitais de poemas não são os mesmos e que, quando eu vou ao cinema sozinha eu penso em você fazendo palhaçadas com a pipoca. Queria poder dizer que me lembro de você rindo o filme inteiro, consequentemente me impedindo de conseguir prestar atenção na comédia mais-que-romântica que eu queria assistir contigo, mas essas são lembranças futuras, nunca aconteceram na realidade. Eu queria tanto chorar no teu ombro, eu preciso muito, e dizer que sim, que eu te perdoo pela atenção que eu nunca recebi completamente e que eu estaria disposta a esquecer e voltar e recomeçar, porque é assim que é a vida: recomeços. Eu queria tanto te contar que não consigo mais dar risada totalmente e que quando me falam de amores que não deram certo, eu começo a chorar compulsivamente e fico no canto, me lamentando pelo que não aconteceu. Pela felicidade que não foi completa. Eu queria poder dizer que não consigo mais ir ao supermercado sem lembrar do dia que você caiu e derrubou todos os doces da prateleira, mas essa lembrança também foi outra que nunca aconteceu, mas digo coisas que não aconteceram para que tu seja capaz de sentir a profundidade de minhas palavras, queria dizer que as minhas idas á psicóloga perderam a graça já que você não ri de mim por eu ser tão bipolar e chata … Eu queria te contar que as semanas passam e meu apartamento lembra tanto você, e na real, ele continua carregado de ti, e que as paredes da sala tem segredos com nossos corpos, mas gostaria muito de poder dizer que as paredes da sala tem algumas colagens com fotos nossa e com frases de seu coração que você me recitou naquele dia em que nos conhecemos naquele bar as 2:49 da madrugada, num calor escaldante, que na real me fez ficar confusa sobre sua origem..se o calor provinha de te ver sorrindo ou qualquer fator climático que originou um calor anormal. Eu me lembro de ter sorrido quando você disse: "eu quero ouvir teu coração e consequentemente poder falar com o meu" -eu senti que naquele momento que não importaria quantos anos passassem e não importaria se esses anos fossem passados com nós dois juntos ou separados, namorando ou sendo amigos, ou casando....., perto ou longe, conversando ou não se conversando nunca mais, naquele momento eu percebi que nada importaria pois aquele momento juntos foi real, e aquela passagem um na vida do outro aconteceu, e eu ja estava imensamente agradecida por ter conhecido meu verdadeiro amor, o amor para a vida toda, talvez tudo, talvez nada, não importa, pois na real, eu nunca deixarei de amar você, e como eu sei? como tenho tanta certeza disso? - Meu coração me guia e eu o guio e juntos seguimos nesse descompasso de querer mudar a situação, de sonhar alto e aceitar se auto sacrificar para recomeçar do zero em outro lugar com o amor da minha vida, louco né? Mas é por isso que tenho tanta certeza, porque além de nunca em minha vida ter sentido nem se quer uma pontinha deste sentimento que sinto por ti, também faria por ti com as mãos no fogo e olhos vendados e de peito aberto que não me arrependeria, coisas que jamais senti vontade nem confiança suficiente para ter tido antes a capacidade de sentir. Já se passaram quase cinco meses desde que nossos olhares se cruzaram entre tantos outros, cinco meses que meu coração soluça em prantos bater selado ao teu outra vez, constantemente esperando, faz cinco meses que aprendi que a maior burrice é generalizar as pessoas e aceitar que o amor é algo que machuca em sentidos ruins, faz cinco meses que me ensinaram que amar é maravilhoso e que não é uma regra haver brigas e tristezas e desilusão, você me ensinou o que nenhum livro de poesia seria capaz de ensinar sobre o amor: ele vale a pena mesmo que a dor forte da distância seja infinitamente maior, como agora. Eu queria chorar nos teus ombros e dizer que ninguém nunca entenderá meus textos sobre você e que eles lerão e dirão sobre o impuro, o incerto, o insano… Eu queria chorar no seu ombro por ser tão incompreendida e só. Assim como o lado da cama onde você não mais dorme. Assim como os espaços na mesa de jantar que você não mais come. Assim como a vida, onde você não mais esta presente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário