sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Ouvi um tanto de promessas, e elas todas soam a mesma coisa. Force o bastante e com o tempo todas elas se provam vazias. Como se provou.

A verdade é que tá foda. Ha tempos descobri que o amor da minha vida encontrou outro amor, outro ser por ai. Eu quis desacreditar, mas não teve jeito, meus amigos disseram alto: "Esquece de vez. Ele foi embora, não te quis". Palavra não é revólver, mas mata tanto quanto. Não sejamos hipócritas, o sorriso de quem a gente ama também nos deixa destruídos no canto. Basta que não tenha sido ao nosso lado que os lábios, felizes, se abriram. E não entro em exageros de depressão e o que for. Falo de perder o chão, entender o que é dor. Depois da separação em todos os sentidos, depois da notícia de que a minha existência já não fazia a menor diferença, busquei qualquer tipo de alívio. Não encontrei alívio algum. Escutei dez ou cem músicas nossas. Vi e revi todos os nossos vídeos, inclusive aqueles do youtube que atualmente foram excluídos por ele, apagando qualquer resquício de um passado em que eu existi. Tudo sendo lentamente desfeito por ele, lentamente para doer ainda mais, como se possível. Nenhuma música pareceu dizer o que eu queria dizer, o que eu queria escrever, o que meu coração precisava gritar. Se eu começar a falar de sexo, aí é que a coisa fica feia. Ele transformou uma menina em mulher. Me dizia o que eu queria ouvir. Me ensinou o que a língua faz enquanto as mãos podem estar na nuca. Faz do sexo o templo sagrado que deve ser. Eu já tive ao meu lado o homem mais independente que já se viu. Foi tanta coisa ao lado dele que minha cabeça me trai: começo a achar impossível alguém algum dia nessa vida preencher todo o vão que ficou na partida. A gente já brincou de cócegas até rir muito. A gente já tomou cerveja com o irmão um do outro; também fomos juntos ao médico e fizemos uma caminhada na volta onde falávamos sobre a vida. Falo por mim: ele é o homem dos meus sonhos, o amor da minha vida, a pessoa com quem eu passaria a vida toda, independente da dificuldade que eu tenha de enfrentar, como já enfrentei antes, e como estou mal conseguindo enfrentar agora. Quando você menos percebe, daria o mundo inteiro para mais cinco minutos ouvindo cada palavra que sai daquela boca. Ainda não sei se aquela área de fumantes fez parte do melhor ou o pior dia da minha vida. Ainda não sei o que vale a pena nessa vida. Porque nos apresentar pessoas tão distintas e marcantes se logo depois vai nos tirar à força?. Todos os dias eu ainda lembro que ele inspira só por respirar. Cujas palavras formavam frases que me disparava o coração. Ele têm no cabelo o cheiro que eu queria sentir ao deitar. A pele que eu queria sentir com a palma da alma quando acordasse. A voz, dessas que eu queria guardar e fazer música dentro de mim. Ele é assim: lindo. E sobrava tanto que quando eu encostava nele, me sentia linda também. E aqui falo de beleza que sai da alma, não nas capas. Só que não deu. Num desses dias esquisitos, sumimos. Ele foi pra lá. E eu vim parar aqui. 

Tô com saudade dele.