segunda-feira, 16 de junho de 2014

3 meses

Nesse dia dos namorados me fez abrir os olhos mais ainda, para muita coisa. Me fez perceber o quanto as pessoas pessoas precisam provar o amor. Elas não tem a necessidade de provar para si mesmas, o namoro pode estar todo errado mas mesmo assim é tão importante provar aos outros que o relacionamento é um conto de fadas. As pessoas começaram a cultivar felicidades passageiras e dar valor ao que não deveria dar valor, não dão valor ao que realmente faz a nossa essência feliz.

As pessoas andam exibindo relacionamentos, competindo, no facebook todo mundo é muito feliz e realizados, sem problemas nenhum. É tanto amor eterno passageiro que eu tinha tirado essa palavra do meu vocabulário, é tanto te amo sem amor que me fez ficar com uma incerteza quanto ao amor verdadeiro, se ele existia ou não. Eu estava a anos me perguntando se era isto, relacionamentos passageiros com declarações com intenção, eu fico me perguntando se essas pessoas já pararam em um dia chuvoso em casa, deitaram e simplesmente estiveram ali, sem precisar de nada, mas isso não faz mais sentido para as pessoas, admiração e orgulho, aproveitar a simples companhia da pessoa. Me pergunto se elas já pararam para contar as pintas do braço do seu amor, ou perceber de uma cicatriz feita quando criança. Me pergunto se elas já deixaram a naturalidade, liberdade ser a responsável pelos sorrisos que não valem só por um momento, mas sim por uma vida. O amor já não é mais amor, estar perto já não é mais estar perto, para estar perto precisa estar fazendo algo. Bom dia com cara amassada não é tão bonito quanto uma foto no instagram com maquiagem, ou uma  foto de criança não é tão bonita quanto uma foto do abdômen do namorado.

E eu me pergunto, como é que os casamentos vão durar, se o verdadeiro amor já não é mais amor, nem verdadeiro. Se o que deveria ser lembrado, é esquecido. É triste pensar que o barulho substituiu a calmaria. E eu fico mais triste ainda em pensar, que as gerações não estão reaprendendo o valor de ter uma relação, de viver uma união, onde um relacionamento precisa ser exibido, e não vivido.

Eu estava a quatro anos sem namorar antes de te conhecer, eu já não me contentava com relacionamentos meia boca, incompletos ou metade. Quando eu era menor, eu tinha essa minha mania boba de pedir em oração uma menina, mas eu não dava detalhes de aparência, eu pedia com detalhes de como ela seria. Você, sendo você, realizou um sonho meu de criança. Você, com a maior naturalidade do mundo, encaixou direitinho com os meus tantos pedidos de amor. O seu jeito mulher, mas com um jeito de criança dengosa me faz ficar tão dengoso. E como é gostoso.

Nós dois, sabemos que a nossa união nunca foi feita de intenção, nunca foi feita de exibição, foi feita de amor. O amor sempre foi o que nos fez ficar fortes em tanta tempestade, a gente nunca entrou nesse amor com metade da perna, a gente se jogou de braços abertos. E quando um de nós, começava a sentir medo da distância, o outro dava uma injeção de coragem, com muito amor no coração. O amor, esse tal amor, tão banalizado, por mim agora é entendido. Não que o amor seja algo a se entender, mas eu sinto ele. Ele me faz sentir coragem, ele me faz desistir de desistir, ele me fez querer ser melhor, ele me faz querer reaprender e aprender atitudes boas, e desaprender o que não nos faz bem.

Enquanto tantas pessoas que estão perto, brigam e ficam longes, e quando estão perto, não estão realmente perto. Nós faríamos tudo para poder encostar num pelinho de cabelo do braço, e estamos fazendo de tudo. Sim.

O amor é SIM a razão de todas as coisas, é a razão das maiores loucuras e provas de amor que somos capazes de fazer, para estar nos braços do nosso amado. O amor é razão para deixarmos todas que todas as boas emoções contem toma de nós a ponto de gastar todo o dinheiro que temos para conseguirmos nos encontrar. O amor é razão para entender que tudo aquilo que parecia maluquice, maluquices dignas. Loucuras com muita consciência. O amor é razão para muitas voltas e vindas de viagem. Cartas. Muito perdão. Muita aprendizagem. O amor é sim, o que deve estar em primeiro lugar, em uma união, em uma amizade, em um governo. Em qualquer lugar, o amor deveria ser sempre, amor. As pessoas podem olhar para nós, e falar que tudo o que estamos vivendo é maluquice, mas para nós, que estamos vivendo, o amor verdadeiro soa muito melhor do que maluquice.

Eu estou com saudade, falar que estou com saudade parece até bobo, eu queria é gritar, mas nem isso aliviaria tamanha saudade que acorda em meu coração todo dia. A saudade do que passamos juntos, daquele infinito que você não tem ideia, do quanto sou grato. A saudade nos faz mergulhar em águas calmas do passado, deixa a gente tão distraído no presente e faz o futuro demora tanto para chegar que até parece que congelou, nos faz sentir gelados um dia de neve. As nossas músicas viram trilha sonora para meus dias longe de você, e me fazem pensar naquele dia em que um avião que nunca deveria decolar, decolou. A saudade nos faz sentir também medo, medo de nos perdermos e nunca mais encontrarmos alguém que se encaixe tão bem em nossa vida, e eu te falo que não tem algo que eu não consigo fazer, e não é para parecer bonito, eu não consigo me imaginar sem você no meu presente e futuro. Não faz sentido, entende? Não tem como, família deixar de ser família? Melhor amiga deixar de ser melhor, e amiga? Amor, deixar de ser amor? Não faz sentido.

E olha, a saudade dói, faz doer a barriga, o peito, o coração e até a cabeça em meio a tantas lágrimas. Mas eu também vejo muita felicidade nessa  saudade, vejo amor. Pois tendo saudade eu tenho a certeza que eu estou vivo de verdade. Que eu estou vivendo algo bom, unicamente maravilhoso e especial, tão bom a ponto de me fazer sentir, saudade.

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